Mais do que Taj Mahal, palácios e templos viajar só faz sentido pelas experiências e pessoas que você encontra no caminho. A três dias do Natal, quero dedicar esse post aos olhos do Rajastão, as pessoas que fazem da Índia um país tão singular, tão especial.
Viver na Índia não é fácil, mas ver os olhos daquelas meninas brilhando ou o sorriso tímido daquela criança que estava clamando por ajuda, mas está impossibilitada de se expressar, me faz compreender que em qualquer lugar do mundo, seja na Índia, no Brasil ou na China, as pessoas são as mesmas, com as mesmas fragilidades, medos e desejos.
Há quase quatro meses, os olhos do Rajastão tem me mostrado que posso ser muito mais forte do que um dia imaginei ser e que em qualquer lugar do mundo a palavra “casa” é onde o seu coração está.
Os olhos do Rajastão tem me mostrado que se der medo, vai com medo mesmo. Não existe certeza, não existe segurança, mas existe fé.
Na Índia transitei do lixo ao luxo, da extrema pobreza a riqueza, da casta mais baixa a mais alta e a cada experiência, cada gesto, sabor, cheiro, eu me redescubro, me reformulo. Tenho uma única certeza, sei que onde eu estiver minha “casa” estará comigo e sempre estará.
Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.
Álvaro de Campos (trecho do poema “A passagem das horas”)
Super beijo,
Fer Toyomoto.
Que povo lindo!!
Eles são muito lindos mesmo hehe 🙂
Amo esse povo
São lindos e puros de coração
Índia minha segunda casa
Renata, eu também estou apaixonada pela Índia hehe 🙂